As normas ISO 9000 de Gestão da Qualidade foram emitidas pela primeira vez em 1987.

 

As diretivas da ISO estabelecem que suas normas devem passar por um processo chamado “revisão sistemática”, no mínimo, a cada 5 anos para saber se devem ser: confirmadas, emendadas ou revisadas, descartadas

 

Desde então as normas ISO 9000 já foram revisadas 4 vezes.

 

Principais destaques das revisões anteriores:

  • 1987: elementos isolados com três níveis de requisitos – primeira edição
  • 1994: tendência de norma única, convergência para a ISO 9001 – revisão 1
  • 2000: norma única de requisitos, gestão por processo – revisão 2
  • 2008: pequenas alterações – emenda para melhorar a clareza – revisão 3
  • 2015: revisão geral adequando a estrutura no modelo do Anexo SL – revisão 4

 

Mudanças mais relevantes da versão 2015

 

1) Princípios da Qualidade

 

2) Norma mais acessível a empresas de serviço

 

Enquanto as últimas edições da ISO 9001 tentaram ser genéricas e aplicáveis para todos os tipos de organização, ainda existe a percepção de que elas são baseadas em sua grande parte para empresas de manufatura ou organizações que fabricam produtos.
Agora, é proposto que a ISO 9001 deva usar o termo “produtos e serviços” ao invés de “produto”.

 

3) Produtos e serviços

 

O termo produtos e serviços inclui todas as categorias de saída: hardware, serviços, software e materiais processados.

 

4) Ação preventiva

 

O texto do Anexo SL não inclui o requisito “Ação Preventiva”, uma vez que agora é assumido que todo o sistema será uma ferramenta preventiva.

 

5) Inclusão de duas cláusulas relativas ao contexto da organização:

  • Entendendo a organização e seu contexto
  • Entendendo as necessidades e expectativas das partes interessadas

6) Introdução do conceito de Partes Interessadas relevantes

 

A organização deve determinar as partes interessadas juntamente com seus requisitos, desde que sejam pertinentes ao SGQ da organização.

 

7) Melhoria no alinhamento com outras normas de gestão, como ISO 14001 e OHSAS 18001 e facilidade de integração de sistemas, PAS 99:2012.

 

8) “Melhoria” versus “Melhoria Contínua”

 

O princípio de gestão da qualidade baseado em “Melhoria Contínua” será alterado para apenas “Melhoria”, para enfatizar que “melhoria” deve ser uma filosofia fundamental em uma organização.

 

9) Documentação

 

Consideração do impacto das mudanças nas tecnologias de comunicação e informação nos sistemas de gestão (Generalização do conceito de documentos pela introdução do termo “informação documentada”, por ex.).

Não se fala mais em procedimentos documentados e registros.

 

10) Exclusões

 

A nova ISO 9001 não faz mais referência especifica a exclusões ao se determinar a aplicabilidade dos requisitos da norma ao SGQ da organização. Quando um requisito puder ser aplicado dentro do escopo de seu SGQ, a organização não pode definir que tal requisito não é aplicável.

 

11) Riscos e oportunidades

 

A abordagem baseada em risco também pode fazer a norma mais acessível a empresas de serviços.

Embora riscos e oportunidades devam ser determinados e tratados, não há um requisito formal de gestão de riscos ou de um processo de gestão de riscos documentado.
Entretanto, conforme explicado na nova ISO 9001, as diretrizes da ISO 31000 podem ser utilizados como referência.

 

12) Conhecimento organizacional

 

O processo para analisar e controlar o conhecimento organizacional (passado, existente e adicional) precisa levar em conta o contexto da organização, incluindo seu tamanho e complexidade, os riscos e as oportunidades que ela tem que tratar e a necessidade de acessibilidade a esse conhecimento.

 

Fornecedores
O controle de produtos e serviços fornecidos externamente (8.4) abrange todas as formas de fornecimento externo, sejam compras de produtos e serviços de um fornecedor, acordo com uma empresa associada, terceirização de processos e funções da organização ou por qualquer outro meio.